Programação


Programação parte por par te...


    19h - Mística de aniversário de 20 anos de Enecos, em frente ao Centro de Convenções da UFPA.
    20h - Painel I - Abertura.

    “Quem não se movimenta não sente as correntes que o prendem” – Quando Rosa Luxemburgo -  filósofa polonesa - disse isso, ela queria nos atentar para a necessidade que nós temos de sentir os limites e amarras que nos são impostas. E o Enecom é um espaço onde queremos o movimento. Este, que sempre gera mudança, traz o novo e oferece possibilidades. Os dois perfis desse painel de abertura vem falar sobre isso, sobre a necessidade desse movimento para a constante mudança e melhoria da sociedade. Vamos entender porquê discutir Comunicação e Movimentos Sociais.





    O Jornalista José Arbéx Jr. Doutor em História Social pela USP, iniciou sua carreira em 1984 sendo repórter da Folha de S. Paulo. Cobriu fatos históricos importantes como a guerra da Nicarágua (1986), a primavera de Pequim (1997) e a queda do Muro de Berlim (1989) dentre outros. Em 1992 sai da Folha. Atualmente é chefe do departamento de Comunicação e Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)  e membro do Conselho editorial da Revista Caros Amigos. 
    Arbéx desenvolve pesquisas sobre Jornalismo hegemônico e contra-hegemônico na América Latina. Já escreveu mais de vinte livros, dentre eles “Showrnalismo - a notícia como espetáculo “ e “A outra América - Apogeu, crise e decadência dos Estados Unidos.”

    José Arbex Jr. será um dos convidados para o Painel de Abertura do Enecom, no primeiro dia, às 20h.


    Painel II - Educação

    Plano Nacional de Educação, Reforma Universitária, Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior, Novas Diretrizes... Nesse painel, a mesa nos ajudará a entender qual a conjuntura do sistema de educação no Brasil e como ela afeta os cursos de Comunicação. Além disso, analisando e compreendendo os avanços e perdas na qualidade de nossa formação, vamos compreender qual o papel do Movimento Estudantil na luta por uma educação de qualidade.

    Painel III - Democratização da Comunicação

    Anunciar, publicizar informações e veicular notícias já não são exclusividade de da grande imprensa. O desenvolvimento tecnológico e o surgimento das chamadas novas mídias deram a Movimentos Sociais acesso a ferramentas que trazem possibilidades para a Comunicação desses movimentos, veiculando suas mensagens e seus objetivos. Mas os tentáculos dos conglomerados midiáticos se estendem aos cabos de fibra ótica. O painel pretende exibir uma interface das lutas pela Democratização da Comunicação e oferecer caminhos de acesso de baixo custo ao universo digital, por meio do Plano Nacional de Banda Larga.

    Vito Giannotti





    Vito Giannotti é um escritor e ex-metalúrgico nascido na Itália, porém brasileiro por convicção e paixão. Vindo de Toscana, aportou no Brasil em 1964 para passar alguns meses; se encantou com o país e dele nunca mais saiu. Estudou um ano de sociologia, mas trocou a vida acadêmica pelo trabalho de marítimo e depois de metalúrgico, ofício que praticou durante décadas antes de se dedicar à escrita e a prática comunicação popular, aptidões que foi desenvolvendo durante a sua vivência nas fábricas e sindicatos.

    Lutou contra a ditadura militar no país e foi preso por várias vezes devido a sua forte militância no movimento dos trabalhadores, quando criou jornais como o Luta Operária e o Luta Sindical. Nesse período surgiu uma obsessão que ele foi aperfeiçoando com o tempo: a escrita, simples, enxuta e direta, compreensível para os trabalhadores em geral, que chamou de “operariês”. Dessa busca pela simplicidade e informação surgiram livros como O que é Estrutura Sindical (Brasiliense), CUT ontem e Hoje (Vozes), Força Sindical – a Central neoliberal (Mauad) e Muralhas da Linguagem (Mauad).

    Em sua carreira política se destacam vários momentos como a sua participação na fundação da CUT em 1983. Hoje coordena o Núcleo Piratininga de Comunicação, que trabalha com comunicação sindical e de movimentos sociais em geral.

    No Enecom 2011, Vito Giannotti vai participar no dia  25 de julho, na mesa que debaterá Democratização da Comunicação. Segundo suas palavras o objetivo de discutir comunicação é: “Acabar com a casa grande e senzala, ministrando palestras que mostram a importância de conhecer a realidade, a história do nosso país, sobre os meios de comunicação em poder de quem eles estão e qual o papel deles na sociedade”.

    Painel IV - Comunicação e Amazônia

    Pulmão do mundo, lugar inóspito, paraíso selvagem. As opiniões e visões sobre a região amazônica são várias e, muitas vezes, equivocadas. Na maioria das vezes, os discursos só levam em consideração a biodiversidade e o exótico. E as pessoas que vivem aqui? Como funciona os media na região? Existem Movimentos Sociais na Amazônia? Sim e, além de defender a floresta, buscam promover a autonomia dos amazônidas, defendem a reforma agrária e outros objetivos comuns a diversas regiões do Brasil. Nesse quarto e último painel vamos explorar um pouco as dificuldades e possibilidades da comunicação na Amazônia, e como a imagem da região é vendida ao mundo.


    Lúcio Flávio Pinto


    Lúcio Flávio Pinto é jornalista e sociólogo, e uma das vozes mais polêmicas e contundentes quando o assunto é Amazônia. Paraense de Santarém, Lúcio Flávio começou sua carreira jornalística ainda jovem em uma pequena publicação de sua cidade natal. Trabalhou em jornais como o Estado de S.Paulo e O Liberal. Foi professor do curso de jornalismo da Universidade Federal do Pará. É autor de diversos livros como Amazônia: a fronteira do caos e Carajás: o ataque ao coração da Amazônia.

    Desde 1987, quando se desligou da grande mídia, escreve, publica e distribui o Jornal Pessoal, quinzenário que circula por Belém e pelo Estado, com tiragem pequena, sem publicidade ou alinhamento a qualquer partido político, porém sempre tratando da matéria-prima principal de seus textos: a Amazônia, a questão da terra, os movimentos sociais, os desmandos e a corrupção das grandes empresas e políticos nessa região.

    Por sua atuação no meio jornalístico, em 1997, ganhou o prêmio Colombe d'Oro per la Pace, dado a personalidades e órgãos de imprensa que tenham uma contribuição significativa na promoção da paz. Ele venceu na categoria "jornal". Em 2005, foi premiado com o Internacional Press Freedom Award, da organização nova-iorquina Committe to Protect Journalists (CPJ), dado a jornalistas que tenham se destacado na defesa da liberdade de imprensa.

    Lúcio Flávio Pinto estará no Enecom no dia 27 de julho, às 9h, para participar do terceiro painel que tem como tema Amazônia & Movimentos Sociais