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Não perde o NV, Manolada!


32º C com sensação térmica de MORTE!

Sabe aquele lugar debaixo da terra, comandado por um capetinha que espera as almas errantes? Pois é, Belém é uma extensão do submundo quando se trata do clima. A fama não é à toa, não. Mesmo com a tradicional chuva do dia, o clima não costuma amenizar. Aquele papo de que "em Belém quando não chove, chove muito" é totalmente verdade. Além do mais, enquanto o Brasil vive o inverno no mês de julho, o Norte do país está no chamado "verão amazônico". Ou seja, mesmo com temperaturas ultrapassando os 34º C, a chuva da tarde é norma na cidade.

A Comissão Organizadora quer que o Enecom pegue fogo, mas insolação e desidratação não estão na lista de objetivos do encontro. A ordem é revirar a mala em busca das peças leves e curtas, porque aqui, o cachecol só vai servir pra enxugar o suor. Roupas pesadas, com muito tecido ou que cubram todo o corpo, são quase inusáveis na capital do Pará. Não bastasse o "sol na muleira", Belém está rodeada de floresta, rios e sofre grande influência do oceano, ou seja, a umidade relativa do ar geralmente ultrapassa os 75%, o que aumenta a sensação térmica e estimula a perda de líquido. Pra ninguém ficar com a garganta seca ou desidratar, a garrafinha de água a tira colo pode amenizar o clima equatorial.

Depois de firmar amizade com a garrafinha, o melhor é expandir os horizontes e agradar o protetor solar. Ele também deverá ser um amigo fundamental, já que o sol é impiedoso na Amazônia. Sem muito esforço, é provável que o astro rei proporcione aquele bronze de verão, então um bronzeador não faria mal. Calma, não desespera,  a maioria dos espaços do encontro são climatizados. O condicionador de ar deixa o clima agradável. O calor só há de dominar a cultural, mas à noite, na hora da diversão, todo mundo quer mesmo que o clima esquente.

 
Movimento Pró o quê?

Não há um dia em que um tecido enrolado nas pernas, sem fundo ou divisão, chame tanta atenção quanto nos dias do Enecom. De longe, a impressão é de que o encontro é exclusivo para mulheres - e que só usam saia. Olhando mais de perto, as pernas cabeludas e a barba denunciam homens de saias; no máximo, um grupo de escoceses usando seus kilts que invadiu o encontro. Mulheres muito peludas? Alguma ação de marketing? Não, não. Apostas encerradas. As saias emprestadas ou surripiadas de colegas, amigas ou namoradas são na verdade o Movimento Pró-Saia, uma das marcas registradas em encontros da Enecos.

O Pró-Saia é o dia - ou vários deles - em que os homens do encontro, independentemente de orientação sexual, aproveitam os benefícios do ventinho que vem por baixo. É uma grande bricandeira, mas com uma
forte conotação política. O movimento empunha uma das bandeiras da Enecos, o combate às opressões. E, nesse caso, opressão contra homossexuais. Um momento onde se reafirma que seres humanos podem vestir o que quiser, sem se prender ao que é "de homem" ou "de mulher". É o momento em que os homens descobrem que o imperativo "saia da minha vida" pode significar outra coisa. Segundo conta a história da Executiva, tudo começou em um não tão recente encontro da Enecos. Nesta ocasião, um estudante homossexual resolveu que iria para a cultural da noite usando uma longa saia estampada, emprestada de sua amiga. Na cultural, contudo, o que deveria ser diversão virou chacota e humilhação. Ele foi hostilizado por não utilizar "roupa de macho" e, por isso, alguns carolas de plantão acharam que ele merecia receber xingamentos.

A resposta não veio na mesma moeda, veio em muitas outras moedas e até em notas. A opção por uma saia, no dia seguinte à situação, virou regra entre os homens presentes no encontro, que utilizaram a vestimenta para externar que eram contrários a qualquer tipo de opressão, sobretudo à homofobia. Aí já viu, quando o pessoal descobriu as brisas e a tamanha liberdade que as saias proporcionam, decidiram que seria todo o ano. Claro que o bumbum marcadinho e as panturrilhas de fora também caíram no gosto da macharada.

E assim foi ano após ano. Na realidade, o Pró-Saia deveria ser apenas um dia do encontro, somente nas culturais, mas quem já conhece os benefícios do tecido leve, logo coloca a saia jeans ou o saião e sai com as pernas livres - todos os dias do encontro, em todos os espaços. No Enecom Pará, o Pró-Saia vai ocorrer no segundo dia, para os adeptos aproveitarem as saias dançando carimbó. Então, é bom ajudar a amiga a montar a mala e escolher as melhores saias para ela. Seja a peça funkeira, com toda a perna e parte do bumbum à mostra, ou aquela mais conservadora no melhor look saião hippie. Só não esqueça de escolher as melhores, as turbinadas, as saias que vão causar. Porque, já sabe, essa saia também é sua.

O Guamá
O Guamá é um dos bairros que integra o município de Belém e, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o mais populoso da capital paraense. A fama do bairro onde a Cidade Universitária "José da Silveira Netto" (UFPA) se localiza, infelizmente, se resume quase que exclusivamente aos altos índices de violência, figurando as páginas policiais por conta da criminalidade. Sabemos que os mais diversos crimes estão diretamente relacionados à falta de políticas públicas, como educação, saúde, saneamento e cultura. E o Guamá é só mais um bairro, assim como milhares espalhados pelo Brasil, que vive esse quadro. Portanto, ao sair dos limites da UFPA é necessário muito cuidado, pois a tendência é que, nas férias, as ruas fiquem mais desertas e, consequentemente, mais perigosas, o que facilita a ação de assaltantes. Para evitar estes problemas, o melhor é andar em grupo e sempre manter atenção.

Rio Guamá


O bairro tem este nome por estar localizado ao rio de mesmo nome. De origem indígena, Guamá significa "rio que chove". Rio que chove em função da famosa água que cai durante a tarde. Por isso, não contribua, jogando lixo no rio, para o entupimento da artéria de Belém. É expressamente proibido mergulhar no rio Guamá. Esta é uma norma da universidade para evitar acidentes, como os que já aconteceram durante outros encontros, inclusive com um falecimento. As águas deste rio são traiçoeiras, a correnteza é forte e não há salva-vidas no caso de um eventual afogamento. O ENECOM PARÁ tem que ser inesquecível, mas de uma forma positiva, certo?   

2 comentários:

Lucas Dantas disse...

adorei, postagem muito eficiente e informativa! mal posso esperar pra chegar aí logo. 2 dias dentro do busu, daqui de vitória da conquista pra belém vai ser O martírio. mas pra quem cresceu dentro de um ônibus isso é fichinha - o negócio é aguentar os lindos colegas por 48h dentro de uma bacia ambulante rsrs...

Guilherme Cury disse...

Galera...seguinte...sou da ufmg...to chegando ai em Belém hehe UHUL...só que não to mais achando aquele post que falava de como chegar na ufpa....alguem pode ressucitar ele?

Grande abraço
e até brevee